eu, eu mesma e maria

e agora quem mais quiser...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

coisas pequenas... será?

estou sem sono.
acabo de voltar da confraternização de final de ano com a minha turma de amigas, e devo dizer que estava bem legal... esse encontro já virou tradição, e é algo que realmente me deixa feliz.
estar entre pessoas que considero amigas me deixa realmente satisfeita.
aliás, mesmo que traga certas coisas ruins, prefiro um milhão de vezes a intimidade do que a falta dela.
conhecer pessoas ainda é um problema para mim.
de qualquer modo, este não será o assunto abordado hoje, pois antes devo me preparar para ele... afinal, consome tantas horas do meu pensamento, que também deverá consumir um pouco deste espaço...
hoje quero falar de algo que tem a ver com isso, mas se encontra na fase posterior ao encontro inicial - quando (penso que) conheço as pessoas de verdade...
sempre fui muito idealista... no sentido de realmente achar que as coisas e, principalmente as pessoas, deveriam ser do jeito que eu achava que deveriam - e sempre me frustrei com isso, é claro.
só nesta semana, por exemplo, me frustrei com três pessoas. céus! será que tomo jeito?
queria não ligar, às vezes digo para os outros que não estou nem aí, mas queria de verdade que não me abalasse, que não me somasse nenhuma daquelas ruguinhas de preocupação... mas sabe naquela hora que os pensamentos estão vindo à tona, tipo antes de dormir (aliás, não consigo dormir sem repassar tudo o que me aconteceu no dia), pois é nessa hora que não consigo mentir pra mim mesma - apesar de sempre tentar...
não bastasse isso, dificilmente depois que algo assim acontece, consigo voltar às boas com a pessoa.
batata! nunca será a mesma coisa. como se a minha cabeça fosse um computador, aperto na tecla delete e puft! e o que é pior: clicando no shift (nem na lixeira ela vai parar).
nunca esqueço de uma frase de uma amiga minha, com a qual rompi relaçãoes em circunstâncias, digamos, peculiares (objeto de outro post), ao reatarmos nossa "amizade": - maria, amizade é como cristal, depois de quebrada, mesmo se tentarmos colar, nunca será a mesma coisa...".
confesso que, no auge da minha pré-adolescência, não dei muita bola para aquela conversa, mas o tempo foi passando, e cada meia-palavra, cada ignorada, cada estupidez, me remetia àquelas palavras, que hoje sei, não poderiam ser mais sábias...
então é assim, deleto a pessoa, e depois tenho que conviver com ela sem saber disfarçar... sim, porque se tem uma coisa que eu não consigo, é disfarçar... quem me conhece costuma dizer que sou a pessoa mais autêntica que já conheceu. denominam-me "transparente". não sei até onde isso é bom ou ruim, pois isso já fortaleceu grandes amizades, mas também me colocou em situações de muito embaraço.
mas já que cheguei até aqui, vou falar o que, afinal, fizeram estas tais pessoas para me deixar tão irritada, até para tentar convencer a mim mesma de que eu estou errada, e não tenho nada que ficar julgando ninguém.
a primeira, uma guria que veio a este mundo, na minha ótica, sem saber bem o porquê. explico: é vazia de alma e espírito, egoísta, egocêntrica, burra, materialista ao extremo e dura de falsa... mentirosa mesmo!!
como eu a conheci? circunstâncias da vida me obrigaram a com ela conviver... sim, porque, como costumo dizer, a família ganhamos de presente, mas amizades, graças ao meu bom deus, nós podemos escolher... e esta, decididamente, não seria uma das minhas escolhas... aliás, devo dizer que, em razão das suas inúmeras "qualidades", ela não tem amigas...
então, tentarei falar em breves palavras tudo o que tiver que falar sobre ela, pois não pretendo que ocupe mais uma vez este espaço - é muito medíocre para que eu perca meu precioso tempo com ela...
é namorada de um dos amigos do meu marido e sempre tenta manipular a todos com seus joguinhos dengosos. claro que não engana a ninguém com o mínimo de inteligência, pois o pior burro é aquele que tenta se fazer de inteligente - facílimo de desmarcarar.
como ainda não mora com o namorado, vira-e-mexe se oferece para fazer coisas aqui em casa. até aí, tudo bem. gosto quando as pessoas se sentem tão à vontade comigo, a ponto de se oferecerem para ir na minha casa, o problema é "quem é a pessoa". nesse caso, as restrições que tenho para com ela, já estão a ponto de me impedir de ver qualquer lado bom que possa vir a existir naquela mente.
é bem verdade que quando gosto de uma pessoa tendo a ver só o seu lado bom. acredito que faça tudo com boa intenção e sempre quero a presença dela por perto. mesmo se for feia, é linda para mim. em compensação, o contrário é verdadeiríssimo!!!!!!!
dessa vez (e não é a primeira), inventou que queria fazer a confraternização de final de ano aqui em casa e iria organizar tudo, inclusive o (maldito) amigo-secreto. ok! afinal, até a semana passada estava atucanadíssima por conta do meu concurso que foi no final de semana passado e eu dei graças a deus de alguém se oferecer. só que falei com uns amigos, e nem todos gostam dessa história de amigo-secreto. aliás, nem eu! ainda mais nesta época do ano, que temos várias coisas pra pagar, vários presentes para dar, e eu, ainda por cima, sem dinheiro por estar só estudando... daí mandei um mail, dizendo pra ela que o pessoal não estava querendo muito o amigo secreto, mas a confraternização estava de pé, e poderia ser aqui em casa. esperei quase uma semana. educada como só ela, nem me respondeu... bom, pensei, eu mesma vou organizar... mandei um mail convidando a todos, e os únicos que não responderam foram os dois. em conversa pelo telefone, o amigo falou para o meu marido que iam para a praia e, por isso, não viriam na confraternização. até aí tudo bem. só que a justificativa foi pra matar: - é que a fulana disse que a maria não ia fazer nada, e depois resolveu fazer... daí já tínhamos nos programado...
como assim, nada?? eu falei que não queríamos o tal amigo-secreto! e ela sequer se deu ao trabalho de me responder... diante disso, é claro que me agilizei pra fazer tudo por mim mesma, ou queria que eu ficasse esperando pela boa-vontade da beldade? baita mentirosa... odeio gente mentirosa com todas as minhas forças!!!!!
mas não sei por que ainda esperava alguma coisa de bom dessa figura...

outra coisa que me deixou chateada foi uma guria que, mesmo não podendo chamar de amiga com "a" maiúsculo, guardo por ela certo carinho e admiração... pois neste nosso encontro de final de ano, ela não esteve presente pela primeira vez. isso porque, quando dos preparativos para o encontro por mail, ela deu a sugestão de que fosse na casa dela, pois foi morar há pouco com o namorado. ok, sem problemas, poderia ter sido lá, mas todas nós preferíamos que fosse em um barzinho, afinal, na cidade existem diversos barzinhos legais e, vamos combinar: fazer encontro de amigas em salão de festa é coisa de idosa!
ela não pensava assim...
ficou ofendidíssima, e mentiu que não poderia ir, pois faria uma janta bem no dia com a família. daí uma outra amiga escreveu: - mas como, se tu tinha me confirmado que iria ontem mesmo? e ela, num acesso que rancor, escreveu: - é que preferia que fosse na minha casa mesmo, mas já que vocês não quiseram, fica para a próxima... fala sério!
à noite, todas chegamos à mesma conclusão: o novo namorado que está cortando suas asinhas... mas o que é imperdoável: ela está deixando...
e por fim, mas não menos importante, a minha maior decepção da semana... desta vez com alguém que teimava em considerar uma amiga...
bom, ela sempre foi legal comigo e, talvez por ser um pouco mais velha, sempre me deu bons conselhos... era do tipo agregadora, quase sempre tomando a iniciativa dos nossos encontros e sempre procurava ligar para saber como estávamos... foi a primeira da nossa turma a ser mãe, e se revelou muito boa neste papel.
quando a conheci, era apenas uma advogada que ganhava uma merreca por mês e feia como um raio, além de super brega ao se vestir... sempre nos pareceu um pouco frustrada com o lance de grana, mas isso veio à tona mesmo, quando conseguiu um cargo que paga muito bem... a partir daí, foi se transformando em outra pessoa... ou melhor, apenas revelando a sua essência escondida atrás de calçados baratos e bolsas de imitação...
e por falar em imitação, começou a se vestir igualzinha a uma grande amiga nossa, de um jeito tão escancarado que foi ficando vergonhoso - até os homens da turma estavam percebendo... num ato totalmente espontâneo, mas também indignado, a amiga que estava sendo imitada mandou um mail para a outra, pedindo que parasse com aquilo, pois a estava irritando profundamente.
eu pensei cá comigo: acabou a amizade! nunca mais vão se falar! fosse eu, abriria um buraco e me enterrava... qual não foi minha surpresa, ao ver a reação totalmente inversa da que eu teria... como se fosse uma criança tomando um xingão da mãe, baixou a cabeça, começou a chorar e pediu um milhão de desculpas... disse que não se deu conta de que a estava imitando, que apenas gostava de seu estilo, e agora que, finalmente tinha dinheiro, podia comprar as coisas que gostava, e que não queria perder aquela amizade por nada no mundo. prometeu mudar...
e a coisa se seguiu assim, ao natural... o tempo foi passando, e parecia que as coisas tinham voltado ao normal... em termos, porque aquela atitute meio infantil ficou martelando na cabeça de todas nós... além do que, ainda hoje ela faz umas coisinhas para imitar a outra meio que "sem se dar conta"...
voltemos a mim...
esta grande amiga (a imitada) foi se tornando muito próxima a mim, muito em função de termos ficado solteiras em um mesmo período (eu, solteira em termos, pois meu coração estava preenchido), e esta outra sempre teve muito ciúmes do nosso relacionamento, pois considerava que ela fosse mais amiga e não eu... besteiras de mulher... e não, não é mais um dos meus ataques de perseguição - ela nunca conseguiu disfarçar seu ciúmes...
para se ter uma idéia, cada vez que me procurava, me dava oi, perguntava como eu estava (às vezes), e logo me me perguntava: tem notícias da fulana? e eu sempre respondendo a verdade. se tinha notícias, dizia. se não tinha, dizia também. e sempre quando falava com a minha amiga, comentava que a outra tinha perguntado dela, e do tipo: vê se dá uma ligada pra ela... além das ligações, começou a mandar mails, o último dizia assim: - oi, maria, sabe quando a fulana volta de viagem? só!!!! nem perguntou se estava tudo bem comigo... hoje penso se não devia ter mandado à merda! mas me controlei - apenas não respondi...
só que aquilo foi me deixando p. da vida, pois ficava me perguntando: se ela quer notícias, por que não liga diretamente pra ela? fui ficando irritada e, ao mesmo tempo, frustrada, pois parecia que só me procurava para saber da outra.
a par disso, estava cada vez mais exibida e deslumbrada com o dinheiro, e se tornando mais fútil a cada conversa, o que, somado à minha irritação inicial, me fez começar a ignorá-la.
a isso se seguiu um chá-da-tarde na casa de uma outra grande amiga minha... naquele final de semana, o meu marido estava fazendo um concurso fora e eu estava recebendo outra amiga que mora em florianópolis. quando fui convidada, expliquei que estaria com essa amiga, e que estava sem carro, ao que me respondeu a amiga dona da casa, sempre muito gentil: - sem problema nenhum. traz tua amiga que será um prazer conhecê-la, e posso passar na tua casa para pegar vocês, e depois as deixo em casa. aliás, essa amiga é um exemplo pra mim, e já aprendi muitas coisas com ela. já, já escreverei mais sobre ela.
e assim foi feito. passamos horas agradáveis juntas e, na hora de ir embora, a amiga objeto da decepção me ofereceu carona. na hora aceitei, pois a outra precisaria sair da casa dela para nos levar, sendo que mora num sítio bem afastado da cidade. ocorre que, diferentemente do que tinha prometido, ela deixou a mim e à minha amiga no meio do caminho, sob o argumento de que tinha que pegar a filha para dar banho. brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!
fiquei passada!!!!! minha amiga concordou que era um absurdo... não tinha levado dinheiro para táxi, o meu pai não estava em casa, então tive que chamar meu cunhado para nos pegar!!!!
tá, passou... passou o aniversário dela e eu esqueci, isso sim! esqueci completamente, pois estou numa fase que, se não coloco avisos no meu celular, não me lembro de nada...
aliás, fora aquela minha amiga mais atenciosa, ninguém lembrou... por óbvio, ela ficou mordida. mas a reação mais forte, claro, sobrou pra mim.
para fechar com chave de ouro, ela foi a única, a única pessoa que não me deu apoio quando decidi largar o meu emprego para ficar estudando pra concurso. e digo pessoa, porque até mesmo quem nem era meu amigo, ou tinha tanta intimidade quanto ela, me deu mais apoio. e confesso que, mesmo em meio a toda a situação, eu me decepcionei.
ela só ficava falando do quanto as colegas estavam estudando, há quanto tempo, como era bastante matéria, e outras coisas que só me deixaram pra baixo...
nessa altura do campeonato, eu já nem conseguia mais olhar pra ela...
daí que ela não se aguentou e me mandou um mail, perguntando se estava acontecendo alguma coisa, e no final disse: - não consigo imaginar o que possa ter feito para ter te deixado chateada...
quando li aquilo, juro que pensei: é agora que vou dizer tudo o que eu penso dela, ferre-se! não quero nem saber... depois, argumentei comigo mesma que deveria tentar uma estratégia diferente e dizer que não era nada, que estava só atucanada por causa dos estudos e andava muito sem tempo... seria uma experência nova: não dizer o que penso, e tentar fingir que tudo estava bem.
depois, em conversa com a minha amiga (aquela dona da casa), ela me aconselhou a falar, de uma maneira serena, mas dizendo tudo o que eu estava sentindo, até para que ela se desse conta do que estava fazendo, pois, no seu entender, ela não se dava conta...
foi o que fiz: mesmo achando que não seria a mesma coisa comigo (em relação a pedir desculpas, chorar e tal), respondi ao mail dizendo havia, sim, algumas coisas que estavam me chateando, mas que preferia falar pessoalmente ou por telefone, e que ligaria pra ela no final de semana. isso era na terça-feira. ela me respondeu dizendo que estava curiosa, mas aguardaria o meu contato no dia prometido. não aguardou - no final da tarde me ligou. aproveitei para dizer tudo o que queria, e querendo, sinceramente, ouvir o que ela tinha para me dizer, afinal, toda história tem dois lados (mesmo que eu ache que só o meu seja o certo).
ela me deu argumentos pífios. disse que não era a sua intenção de me ligar só pra saber da outra amiga, que fazia isso só porque sabia que eu tinha mais contato com ela, e poderia saber de alguma novidade. disse que me deixou no meio do caminho naquele dia, porque sentiu que eu estava diferente (então se não era pra fazer justamente o contrário?), e que ficou muito magoada porque eu não tinha ligado no aniversário dela, e não tinha desejado boa-viagem (naquela semana do encontro ela estava indo para a europa)... por fim, disse que eu nem tinha contado para ela o lance do emprego, e que só tinha ficado sabendo pelo meu marido, que era seu colega de curso. ok, eu disse, é que tomei a decisão na semana passada, naquele dia mesmo que ele te contou, e até então não tinha falado contigo. achei absurda a desculpa de qualquer modo, uma vez que, mesmo que eu não tivesse contado, ela não precisava falar aquelas coisas sobre as colegas só pra me deixar pra baixo... no fundo, acho que ela morre de medo que eu passe num concurso antes dela...
mas juro que tentei fazer com que as coisas voltassem ao normal, só que a gota d'água, foi quando ela, por duas oportunidades, enquanto trocávamos mails sobre o nosso encontro de final de ano, ignorou totalmente o que eu disse sobre o concurso e, mesmo desejando boa viagem a ela, que iria naquela semana ver o show da madonna, ela sequer me desejou boa-sorte no concurso...
bom, a única coisa que tenho a dizer é que, mesmo sendo besteira, é importante para mim, e a tecla delete está 99% pressionada. será que já aperto o shift?

viu? eu disse que era tudo bobagem... não sei por que me apego a coisas tão pequenas...

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