eu, eu mesma e maria

e agora quem mais quiser...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

sentimentos de final de ano...

estou feliz... nesta época do ano afloram diversos sentimentos em mim, mas hoje estou feliz...
hoje predomina a esperança de que o ano que daqui a pouco se inicia seja repleto de realizações e conquistas.
mas não tem muito a ver com aquele desejo meio bobo que às vezes temos, de que tenhamos uma vida perfeita a partir da meia-noite do dia 1º de janeiro.
não.
também não tem a ver com sonhar só com aquilo que não se tem, esquecendo de todas as coisas boas que se somaram no ano que termina... pelo contrário.
e por falar nisso, quando era adolescente li um livro que se chamava "Pollyanna", e gosto de falar sobre ele, pois me mostrou um estilo de vida que decidi adotar desde então. fala sobre uma menina pobre que, ao ficar órfã, vai morar com uma tia rica que até então não conhecia - uma mulher severa e pouco afetuosa. em suas novas relações, procura ensinar um jogo que aprendera com seu pai (chamado "jogo do contente"), quando esperava ganhar uma boneca, e veio a ganhar um par de muletas. na oportunidade, o pai lhe disse que tudo o que gostaria de ter, poderia ser conquistado, e que ambos deveriam ficar felizes, pois não precisavam daquelas moletas...
aos poucos, pollyanna foi conquistando a todos com o seu comportamento sempre perseverante, fazendo-os ver que todos os acontecimentos da vida deveriam ser vistos somente sob uma perspectiva positiva.
quando já estavam todos contagiados com o seu otimismo, ela sofre um acidente de carro que lhe faz perder os movimentos das pernas e, quando fica sabendo que não mais poderia voltar a andar, fica extremamente prostrada e nada mais a faz ficar contente. diante disso, todos aqueles que haviam sido tocados pelo seu "jogo", tentam ajudá-la a ver o lado bom daquela situação. como não poderia deixar de ser, ela se rende à sua própria filosofia de vida, e passa a pensar que ainda assim devia ficar contente, pois ainda tinha pernas...

confesso que, quando isso acontece, a vontade que dá é de parar de ler o livro... afinal, por que raios uma pessoa já tão sofrida e, ao mesmo tempo, tão positiva, merecia passar por mais essa? onde é que a autora estava com a cabeça, pensava eu?
mas não consegui resistir à leitura das páginas seguintes - curiosa como só eu...
e foi ótimo... pois cheguei ao final do livro concluindo que sim, vale a pena pensarmos positivo e vermos o lado bom de cada coisa que nos acontece... hoje tenho certeza de que os nossos pensamentos se projetam no mundo exterior, e é importante que pensemos coisas boas... e acredito que na vida real o desfecho poderia ser idêntico ao de pollyanna, em função da sua atitude - sim, ela voltou a andar...
e por isso costumo dizer que tenho uma visão meio "pollyanna" da vida... tá certo que sou braba, esquentada, meio briguenta, às vezes... mas sempre fui daquele tipo que vê um lado bom em tudo, sempre tentei diminuir o tamanho dos meus problemas... e olha que não é uma tarefa das mais fáceis...
nunca fui de fazer "tempestade em copo d'água".
mas voltemos aos desejos de final de ano...
hoje queria que o processo da aposentadoria da minha mãe saísse de uma vez, para que ela tenha de volta o seu próprio dinheiro, como o teve durante toda a vida;
hoje queria que o meu pai não tivesse tido o avc que teve no ano passado, e que o deixou com a cabeça confusa, uma pessoa difícil de lidar, pois se comporta como criança... hoje mesmo nos pregou um susto que quase nos mata do coração...
hoje queria que a mãe não precisasse lidar com esse fardo nessa altura da vida dela. gostaria que eles estivessem viajando, se divertindo, namorando, lendo - uma velhice tranqüila...

hoje gostaria que a minha irmã mais velha não tivesse escolhido uma pessoa tão difícil como companheiro, que não estivessem passando por dificuldades financeiras, e que ela fosse mais valorizada, pois ela tem muito valor!

hoje gostaria que a minha irmã mais nova e o meu cunhado já estivessem morando no seu apartamentinho novo, todo mobiliado, e que ambos estivessem estáveis em seus empregos e ganhando muito bem... mas sei que logo, logo esse dia chegará, pois se tem alguém em quem acredito, é nesses dois...

hoje gostaria que eu e meu marido já tivéssemos passado num concurso, mas sei que estamos no caminho certo, ainda que penoso...
hoje queria que toda a família (primos, tios, etc.) fosse mais unida e um pouco mais aberta também... às vezes parece que ficam uns esperando pelo telefonema dos outros, e a coisa não acontece... daqui a pouco a vida passa, e nos damos conta que convivemos tão pouco...

hoje queria conviver mais com algumas amigas, que tanto bem me fizeram, e talvez nem saibam o quanto as quero bem...

hoje queria poder ajudar mais instituições de caridade, mas essa é uma das minhas promessas para assim que passar num concurso: escolher algumas entidades sérias para contribuir mensalmente, e não só com dinheiro, mas, principalmente com afeto e um pouco de atenção para estas pessoas que o mundo tratou de abandonar...

hoje queria que o meu cachorro vivesse pra sempre... ele e todas as pessoas que amo, claro... é que pensei nele agora porque me dei conta de que está ficando velhinho... que triste!

então é isso, a par de todas as coisas que eu desejo, e as desejo sinceramente, sou muito feliz com tudo aquilo que tenho... e olha que tenho muito mesmo...
tenho saúde, inteligência, considero-me sensível, tenho uma família maravilhosa, um marido que me ama e me enche de orgulho, um cachorrinho muito fofo, amigos com quem posso contar.
além disso, cada dia acredito mais em mim, daqui a uns dois ou três anos pretendo ser mãe (um grande sonho), e agora estou conseguindo até me abrir! quando é que eu ia imaginar estar por aqui, de certa forma, me expondo? será que posso chamar isso de progresso?
não sei... só sei que estou me expressando mais e, assim, estou me conhecendo melhor...
espero que me ajude a crescer como pessoa e me torne cada vez melhor.
afinal, cada ano que se inicia traz consigo este ar de coisas boas e novas, que nos faz jogar fora aquelas velhas e ruins, para abrir espaço...
e não serei eu a não ter esperança de que tudo seja melhor...
sem desvalorizar aquilo que tenho, mas sempre na busca do melhor... de mim e dos outros...

sábado, 20 de dezembro de 2008

maria by amélie poulain - I

não gosta:

- pessoas que não sabem dirigir;
- ser olhada dos pés à cabeça;
- improvisar;
- sentir frio;
- areia;
- agir sob pressão;
- puxar conversa;
- esperar para comer;
- ser o centro das atenções;
- shopping centers;
- bagunça;
- escolher frutas;
- pessoas que tentam me passar para trás;
- ser pega de surpresa;
- homens que mexem com mulheres;
- multidões;
- música sertaneja;
- gente que fala sem olhar nos olhos;
- talheres de madeira;
- guarda-roupas aberto;
- cozinhar;
- gente que não aperta firme a mão;
- azeitona;
- pessoas com instabilidade de humor;
- mandar;
- tecidos sintéticos;
- novelas;
- amigo-secreto;
- cigarro;
- calcinha apertada;
- mar gelado;
- rituais;
- disfarçar sentimentos;
- palavrões;
- assobio;
- falar em público;
- espinhas;
- almoçar sozinha;
- mediocridade;
- (super) exposição.

gosta:

- mate;
- samba velho;
- cachorros, gatos e cavalos (animais em geral);
- tomar banho;
- trilhas sonoras;
- manga;
- estar entre amigos;
- cinema europeu;
- sorvete derretido;
- vento;
- beijos;
- dormir;
- lingerie de algodão;
- sol no inverno;
- comida morna;
- ler;
- unhas vermelhas;
- viajar;
- pôr-do-sol;
- dirigir;
- parque de diversões;
- escutar histórias;
- fazer planos;
- ficar em casa;
- reformar as roupas;
- olhar sincero;
- sombra no verão;
- escuro;
- cantar no banheiro;
- fotos P&B;
- ouvir mil vezes a mesma música;
- emprestar as coisas;
- fotos espontâneas;
- cortar os cabelos;
- pés na grama;
- fruta do pé;
- descobrir novos (bons) cantores;
- comprar pela internet;
- tirar o lixo de casa;
- fotografar.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

coisas pequenas... será?

estou sem sono.
acabo de voltar da confraternização de final de ano com a minha turma de amigas, e devo dizer que estava bem legal... esse encontro já virou tradição, e é algo que realmente me deixa feliz.
estar entre pessoas que considero amigas me deixa realmente satisfeita.
aliás, mesmo que traga certas coisas ruins, prefiro um milhão de vezes a intimidade do que a falta dela.
conhecer pessoas ainda é um problema para mim.
de qualquer modo, este não será o assunto abordado hoje, pois antes devo me preparar para ele... afinal, consome tantas horas do meu pensamento, que também deverá consumir um pouco deste espaço...
hoje quero falar de algo que tem a ver com isso, mas se encontra na fase posterior ao encontro inicial - quando (penso que) conheço as pessoas de verdade...
sempre fui muito idealista... no sentido de realmente achar que as coisas e, principalmente as pessoas, deveriam ser do jeito que eu achava que deveriam - e sempre me frustrei com isso, é claro.
só nesta semana, por exemplo, me frustrei com três pessoas. céus! será que tomo jeito?
queria não ligar, às vezes digo para os outros que não estou nem aí, mas queria de verdade que não me abalasse, que não me somasse nenhuma daquelas ruguinhas de preocupação... mas sabe naquela hora que os pensamentos estão vindo à tona, tipo antes de dormir (aliás, não consigo dormir sem repassar tudo o que me aconteceu no dia), pois é nessa hora que não consigo mentir pra mim mesma - apesar de sempre tentar...
não bastasse isso, dificilmente depois que algo assim acontece, consigo voltar às boas com a pessoa.
batata! nunca será a mesma coisa. como se a minha cabeça fosse um computador, aperto na tecla delete e puft! e o que é pior: clicando no shift (nem na lixeira ela vai parar).
nunca esqueço de uma frase de uma amiga minha, com a qual rompi relaçãoes em circunstâncias, digamos, peculiares (objeto de outro post), ao reatarmos nossa "amizade": - maria, amizade é como cristal, depois de quebrada, mesmo se tentarmos colar, nunca será a mesma coisa...".
confesso que, no auge da minha pré-adolescência, não dei muita bola para aquela conversa, mas o tempo foi passando, e cada meia-palavra, cada ignorada, cada estupidez, me remetia àquelas palavras, que hoje sei, não poderiam ser mais sábias...
então é assim, deleto a pessoa, e depois tenho que conviver com ela sem saber disfarçar... sim, porque se tem uma coisa que eu não consigo, é disfarçar... quem me conhece costuma dizer que sou a pessoa mais autêntica que já conheceu. denominam-me "transparente". não sei até onde isso é bom ou ruim, pois isso já fortaleceu grandes amizades, mas também me colocou em situações de muito embaraço.
mas já que cheguei até aqui, vou falar o que, afinal, fizeram estas tais pessoas para me deixar tão irritada, até para tentar convencer a mim mesma de que eu estou errada, e não tenho nada que ficar julgando ninguém.
a primeira, uma guria que veio a este mundo, na minha ótica, sem saber bem o porquê. explico: é vazia de alma e espírito, egoísta, egocêntrica, burra, materialista ao extremo e dura de falsa... mentirosa mesmo!!
como eu a conheci? circunstâncias da vida me obrigaram a com ela conviver... sim, porque, como costumo dizer, a família ganhamos de presente, mas amizades, graças ao meu bom deus, nós podemos escolher... e esta, decididamente, não seria uma das minhas escolhas... aliás, devo dizer que, em razão das suas inúmeras "qualidades", ela não tem amigas...
então, tentarei falar em breves palavras tudo o que tiver que falar sobre ela, pois não pretendo que ocupe mais uma vez este espaço - é muito medíocre para que eu perca meu precioso tempo com ela...
é namorada de um dos amigos do meu marido e sempre tenta manipular a todos com seus joguinhos dengosos. claro que não engana a ninguém com o mínimo de inteligência, pois o pior burro é aquele que tenta se fazer de inteligente - facílimo de desmarcarar.
como ainda não mora com o namorado, vira-e-mexe se oferece para fazer coisas aqui em casa. até aí, tudo bem. gosto quando as pessoas se sentem tão à vontade comigo, a ponto de se oferecerem para ir na minha casa, o problema é "quem é a pessoa". nesse caso, as restrições que tenho para com ela, já estão a ponto de me impedir de ver qualquer lado bom que possa vir a existir naquela mente.
é bem verdade que quando gosto de uma pessoa tendo a ver só o seu lado bom. acredito que faça tudo com boa intenção e sempre quero a presença dela por perto. mesmo se for feia, é linda para mim. em compensação, o contrário é verdadeiríssimo!!!!!!!
dessa vez (e não é a primeira), inventou que queria fazer a confraternização de final de ano aqui em casa e iria organizar tudo, inclusive o (maldito) amigo-secreto. ok! afinal, até a semana passada estava atucanadíssima por conta do meu concurso que foi no final de semana passado e eu dei graças a deus de alguém se oferecer. só que falei com uns amigos, e nem todos gostam dessa história de amigo-secreto. aliás, nem eu! ainda mais nesta época do ano, que temos várias coisas pra pagar, vários presentes para dar, e eu, ainda por cima, sem dinheiro por estar só estudando... daí mandei um mail, dizendo pra ela que o pessoal não estava querendo muito o amigo secreto, mas a confraternização estava de pé, e poderia ser aqui em casa. esperei quase uma semana. educada como só ela, nem me respondeu... bom, pensei, eu mesma vou organizar... mandei um mail convidando a todos, e os únicos que não responderam foram os dois. em conversa pelo telefone, o amigo falou para o meu marido que iam para a praia e, por isso, não viriam na confraternização. até aí tudo bem. só que a justificativa foi pra matar: - é que a fulana disse que a maria não ia fazer nada, e depois resolveu fazer... daí já tínhamos nos programado...
como assim, nada?? eu falei que não queríamos o tal amigo-secreto! e ela sequer se deu ao trabalho de me responder... diante disso, é claro que me agilizei pra fazer tudo por mim mesma, ou queria que eu ficasse esperando pela boa-vontade da beldade? baita mentirosa... odeio gente mentirosa com todas as minhas forças!!!!!
mas não sei por que ainda esperava alguma coisa de bom dessa figura...

outra coisa que me deixou chateada foi uma guria que, mesmo não podendo chamar de amiga com "a" maiúsculo, guardo por ela certo carinho e admiração... pois neste nosso encontro de final de ano, ela não esteve presente pela primeira vez. isso porque, quando dos preparativos para o encontro por mail, ela deu a sugestão de que fosse na casa dela, pois foi morar há pouco com o namorado. ok, sem problemas, poderia ter sido lá, mas todas nós preferíamos que fosse em um barzinho, afinal, na cidade existem diversos barzinhos legais e, vamos combinar: fazer encontro de amigas em salão de festa é coisa de idosa!
ela não pensava assim...
ficou ofendidíssima, e mentiu que não poderia ir, pois faria uma janta bem no dia com a família. daí uma outra amiga escreveu: - mas como, se tu tinha me confirmado que iria ontem mesmo? e ela, num acesso que rancor, escreveu: - é que preferia que fosse na minha casa mesmo, mas já que vocês não quiseram, fica para a próxima... fala sério!
à noite, todas chegamos à mesma conclusão: o novo namorado que está cortando suas asinhas... mas o que é imperdoável: ela está deixando...
e por fim, mas não menos importante, a minha maior decepção da semana... desta vez com alguém que teimava em considerar uma amiga...
bom, ela sempre foi legal comigo e, talvez por ser um pouco mais velha, sempre me deu bons conselhos... era do tipo agregadora, quase sempre tomando a iniciativa dos nossos encontros e sempre procurava ligar para saber como estávamos... foi a primeira da nossa turma a ser mãe, e se revelou muito boa neste papel.
quando a conheci, era apenas uma advogada que ganhava uma merreca por mês e feia como um raio, além de super brega ao se vestir... sempre nos pareceu um pouco frustrada com o lance de grana, mas isso veio à tona mesmo, quando conseguiu um cargo que paga muito bem... a partir daí, foi se transformando em outra pessoa... ou melhor, apenas revelando a sua essência escondida atrás de calçados baratos e bolsas de imitação...
e por falar em imitação, começou a se vestir igualzinha a uma grande amiga nossa, de um jeito tão escancarado que foi ficando vergonhoso - até os homens da turma estavam percebendo... num ato totalmente espontâneo, mas também indignado, a amiga que estava sendo imitada mandou um mail para a outra, pedindo que parasse com aquilo, pois a estava irritando profundamente.
eu pensei cá comigo: acabou a amizade! nunca mais vão se falar! fosse eu, abriria um buraco e me enterrava... qual não foi minha surpresa, ao ver a reação totalmente inversa da que eu teria... como se fosse uma criança tomando um xingão da mãe, baixou a cabeça, começou a chorar e pediu um milhão de desculpas... disse que não se deu conta de que a estava imitando, que apenas gostava de seu estilo, e agora que, finalmente tinha dinheiro, podia comprar as coisas que gostava, e que não queria perder aquela amizade por nada no mundo. prometeu mudar...
e a coisa se seguiu assim, ao natural... o tempo foi passando, e parecia que as coisas tinham voltado ao normal... em termos, porque aquela atitute meio infantil ficou martelando na cabeça de todas nós... além do que, ainda hoje ela faz umas coisinhas para imitar a outra meio que "sem se dar conta"...
voltemos a mim...
esta grande amiga (a imitada) foi se tornando muito próxima a mim, muito em função de termos ficado solteiras em um mesmo período (eu, solteira em termos, pois meu coração estava preenchido), e esta outra sempre teve muito ciúmes do nosso relacionamento, pois considerava que ela fosse mais amiga e não eu... besteiras de mulher... e não, não é mais um dos meus ataques de perseguição - ela nunca conseguiu disfarçar seu ciúmes...
para se ter uma idéia, cada vez que me procurava, me dava oi, perguntava como eu estava (às vezes), e logo me me perguntava: tem notícias da fulana? e eu sempre respondendo a verdade. se tinha notícias, dizia. se não tinha, dizia também. e sempre quando falava com a minha amiga, comentava que a outra tinha perguntado dela, e do tipo: vê se dá uma ligada pra ela... além das ligações, começou a mandar mails, o último dizia assim: - oi, maria, sabe quando a fulana volta de viagem? só!!!! nem perguntou se estava tudo bem comigo... hoje penso se não devia ter mandado à merda! mas me controlei - apenas não respondi...
só que aquilo foi me deixando p. da vida, pois ficava me perguntando: se ela quer notícias, por que não liga diretamente pra ela? fui ficando irritada e, ao mesmo tempo, frustrada, pois parecia que só me procurava para saber da outra.
a par disso, estava cada vez mais exibida e deslumbrada com o dinheiro, e se tornando mais fútil a cada conversa, o que, somado à minha irritação inicial, me fez começar a ignorá-la.
a isso se seguiu um chá-da-tarde na casa de uma outra grande amiga minha... naquele final de semana, o meu marido estava fazendo um concurso fora e eu estava recebendo outra amiga que mora em florianópolis. quando fui convidada, expliquei que estaria com essa amiga, e que estava sem carro, ao que me respondeu a amiga dona da casa, sempre muito gentil: - sem problema nenhum. traz tua amiga que será um prazer conhecê-la, e posso passar na tua casa para pegar vocês, e depois as deixo em casa. aliás, essa amiga é um exemplo pra mim, e já aprendi muitas coisas com ela. já, já escreverei mais sobre ela.
e assim foi feito. passamos horas agradáveis juntas e, na hora de ir embora, a amiga objeto da decepção me ofereceu carona. na hora aceitei, pois a outra precisaria sair da casa dela para nos levar, sendo que mora num sítio bem afastado da cidade. ocorre que, diferentemente do que tinha prometido, ela deixou a mim e à minha amiga no meio do caminho, sob o argumento de que tinha que pegar a filha para dar banho. brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!
fiquei passada!!!!! minha amiga concordou que era um absurdo... não tinha levado dinheiro para táxi, o meu pai não estava em casa, então tive que chamar meu cunhado para nos pegar!!!!
tá, passou... passou o aniversário dela e eu esqueci, isso sim! esqueci completamente, pois estou numa fase que, se não coloco avisos no meu celular, não me lembro de nada...
aliás, fora aquela minha amiga mais atenciosa, ninguém lembrou... por óbvio, ela ficou mordida. mas a reação mais forte, claro, sobrou pra mim.
para fechar com chave de ouro, ela foi a única, a única pessoa que não me deu apoio quando decidi largar o meu emprego para ficar estudando pra concurso. e digo pessoa, porque até mesmo quem nem era meu amigo, ou tinha tanta intimidade quanto ela, me deu mais apoio. e confesso que, mesmo em meio a toda a situação, eu me decepcionei.
ela só ficava falando do quanto as colegas estavam estudando, há quanto tempo, como era bastante matéria, e outras coisas que só me deixaram pra baixo...
nessa altura do campeonato, eu já nem conseguia mais olhar pra ela...
daí que ela não se aguentou e me mandou um mail, perguntando se estava acontecendo alguma coisa, e no final disse: - não consigo imaginar o que possa ter feito para ter te deixado chateada...
quando li aquilo, juro que pensei: é agora que vou dizer tudo o que eu penso dela, ferre-se! não quero nem saber... depois, argumentei comigo mesma que deveria tentar uma estratégia diferente e dizer que não era nada, que estava só atucanada por causa dos estudos e andava muito sem tempo... seria uma experência nova: não dizer o que penso, e tentar fingir que tudo estava bem.
depois, em conversa com a minha amiga (aquela dona da casa), ela me aconselhou a falar, de uma maneira serena, mas dizendo tudo o que eu estava sentindo, até para que ela se desse conta do que estava fazendo, pois, no seu entender, ela não se dava conta...
foi o que fiz: mesmo achando que não seria a mesma coisa comigo (em relação a pedir desculpas, chorar e tal), respondi ao mail dizendo havia, sim, algumas coisas que estavam me chateando, mas que preferia falar pessoalmente ou por telefone, e que ligaria pra ela no final de semana. isso era na terça-feira. ela me respondeu dizendo que estava curiosa, mas aguardaria o meu contato no dia prometido. não aguardou - no final da tarde me ligou. aproveitei para dizer tudo o que queria, e querendo, sinceramente, ouvir o que ela tinha para me dizer, afinal, toda história tem dois lados (mesmo que eu ache que só o meu seja o certo).
ela me deu argumentos pífios. disse que não era a sua intenção de me ligar só pra saber da outra amiga, que fazia isso só porque sabia que eu tinha mais contato com ela, e poderia saber de alguma novidade. disse que me deixou no meio do caminho naquele dia, porque sentiu que eu estava diferente (então se não era pra fazer justamente o contrário?), e que ficou muito magoada porque eu não tinha ligado no aniversário dela, e não tinha desejado boa-viagem (naquela semana do encontro ela estava indo para a europa)... por fim, disse que eu nem tinha contado para ela o lance do emprego, e que só tinha ficado sabendo pelo meu marido, que era seu colega de curso. ok, eu disse, é que tomei a decisão na semana passada, naquele dia mesmo que ele te contou, e até então não tinha falado contigo. achei absurda a desculpa de qualquer modo, uma vez que, mesmo que eu não tivesse contado, ela não precisava falar aquelas coisas sobre as colegas só pra me deixar pra baixo... no fundo, acho que ela morre de medo que eu passe num concurso antes dela...
mas juro que tentei fazer com que as coisas voltassem ao normal, só que a gota d'água, foi quando ela, por duas oportunidades, enquanto trocávamos mails sobre o nosso encontro de final de ano, ignorou totalmente o que eu disse sobre o concurso e, mesmo desejando boa viagem a ela, que iria naquela semana ver o show da madonna, ela sequer me desejou boa-sorte no concurso...
bom, a única coisa que tenho a dizer é que, mesmo sendo besteira, é importante para mim, e a tecla delete está 99% pressionada. será que já aperto o shift?

viu? eu disse que era tudo bobagem... não sei por que me apego a coisas tão pequenas...
as idéias estão borbulhando em minha mente. há vários posts em formato de rascunho ainda... mas hoje quero apenas transcrever uma música que adoro - maria de ninguém, na voz de um dos meus cantores favoritos, o (grande) joão gilberto...
adoro...

Pode ser que haja uma melhor, pode ser
Pode ser que haja uma pior, muito bem
Mas igual à Maria que eu tenho
No mundo inteirinho igualzinha não tem
Maria Ninguém, é Maria e é Maria meu bem
Se eu não sou João de nada
Maria que é minha é Maria Ninguém
Maria Ninguém é Maria como as outras também
Só que tem que ainda é melhor do que muita Maria que há por aí
Marias tão frias cheias de manias, Marias vazias pro nome que têm
Maria Ninguém é um dom que muito homem não tem
Haja visto quanta gente que chama Maria e Maria não vem
Maria Ninguém, é Maria e é Maria meu bem
Se eu não sou João de Nada
Maria que é minha é Maria Ninguém

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

frase do dia...

mentalizando...
o universo conspira a meu favor...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

eternas contradições

é fato. tenho mania de perseguição.
demorei para aceitar e, como parece óbvio, vou demorar para tratar. anos e anos de terapia profunda. já me resignei.
e digo que demorei para me conscientizar disso (que hoje vejo como um grande defeito), pois sempre quando as pessoas me diziam: "maria, isso é coisa da tua cabeça", "maria, deixa de pensar bobagem", "maria, tu estás exagerando", pensava: não! vocês que não estão enxergando, olha aí, está tudo muito claro! estão armando contra mim! estão falando mal de mim! estão me boicotando! julgam-me sem me conhecer! têm inveja de mim!
e nisso ia me armando mais, sempre na intenção de me fortalecer... hoje chamaria diferente: "fechando-me".
que loucura...
o tempo foi passando, fui amadurecendo, e as pessoas à minha volta sempre repetindo as mesmas frases... e olha que elas vinham das pessoas mais inusitadas... das que eu mais admirava até as que eu mais desprezava... diante disso, resolvi dar-lhes ouvidos e comecei a tentar olhar pra mim, como se estivesse fora de mim... um olhar distante sobre a redoma da minha vida, na busca de uma parcialidade quase impossível de ser alcançada, mas muito desejada.
hoje vejo que muito do que eu jurava que estava vendo ou sentindo só existia na minha cabecinha inventiva mesmo... tá! admito que ainda acredito demais no meu sexto sentido, e juro que muitas dessas vezes eu é que estava certa... por outro lado, prefiro acreditar que eu estou errada, e as pessoas só querem o meu bem... e faço um exercício mental diário para conseguir meu objetivo.
aliás, sempre fui um misto de contradição e obviedade. esta última, com certeza, uma das coisas que mais me irrita na vida e, por isso mesmo, não exagero quando digo que "me irrita a mim". por demais...
ao mesmo tempo em que idealizava tudo e a todos, sentia uma grande frustração ao perceber que tudo (ou quase tudo) ao meu redor me parecia tão ridiculamente óbvio, inclusive eu, na tentativa de querer ser (e não parecer) diferente, e me destacar em meio àquela multidão de iguais.
na época da escola, sentia-me um peixe fora d'água às vezes... isso porque não conseguia entender, tampouco lidar, com aquilo que vim a saber mais tarde, faz parte do ser humano, e é muito mais comum do que deveria ser: a falsidade!
no auge da minha ingenuidade (sim, isso existia naquela época), ficava espantada quando via algumas coleguinhas falando e agradando umas às outras e, logo após darem as costas, estavam todas a se desdizerem, falando mal umas das outras. só pensava: por que ficam falando coisas bonitas ao invés de falarem o que pensam de verdade, oras!
passagens como essa, aliás, se sucederam por toda a minha vida, e é estranho como podem me causar tanto desconforto até hoje...
inclusive uma engraçada, ainda naquela época de primeiro grau (hoje ensino fundamental), numa escola de uma cidadezinha do interior...
uma das minhas colegas de aula, que até então eu chamava de amiga, estava me irritando profundamente com essas histórias de falsidade... num ato bem espontâneo, e como se fosse a coisa mais natural do mundo, chamei-a para uma conversa e disse: - fran, não me leva a mal, mas precisamos dar um tempo na nossa amizade... tempo? ela me olhou com um ar surpreso, por óbvio, e lascou: - mas nós lá somos namoradas pra dar um tempo?

tá certo... ela tinha as razões dela, e eu, as minhas. mas, naquele momento, só consegui pesar as minhas, e concluí dizendo que estava perturbada com o fato de não saber quem ela era de verdade, já que, dependendo de quem estava com ela, se comportava de um jeito, e se fosse outro tipo de pessoa, era de outro... e eu a pensar: mas e quando não estou com ela? como ela é? o que pensa de verdade? deve falar mal de mim, claro (olha aí a mania de perseguição marcando presença)...

depois disso seguiram-se tempos não muito fáceis... tempos de superação, pois, até então, vivia em meio a certa estabilidade em termos de amizade, a qual me incomodava um pouco, mas que também não era das piores... hoje vejo.
naquela época não... não via nada disso, só queria estar em paz comigo mesma e saber que eu não compactuaria com aquelas atitudes. e pensei que poderia arrumar amigas mais verdadeiras e seria bem mais feliz. tentei. tentei e fracassei, pois me dei conta de que, no fundo, no fundo, o ser humano é falso. todos somos, um pouco mais, ou um pouco menos. e aqui me incluo, pois não há como sermos sinceros 100% o tempo todo. juro que já tentei, e confesso que me dei muito mal.
afinal, vivemos em sociedade, precisamos agradar uns aos outros, precisamos elogiar, precisamos dizer inverdades, às vezes. é claro que não me incluo na categoria dos falsos contumazes, também chamados de hipóctritas - esses têm o meu total desprezo. por isso, jamais conseguiria ser política. mas se a intenção for boa, penso que uma mentirinha pra agradar não faz mal a ninguém...
de qualquer modo, para resumir a história do colégio (que renderia diversos posts), tive muitas decepções depois daquele episódio, mas dela guardei diversos ensinamentos... afinal, abandonei o meu comodismo para me aventurar em mundos desconhecidos e fazer uma coisa que até hoje me é complicado: novas amizades...

algumas pessoas me acham extrovertida e falante, mas confesso que gostaria imensamente de ser uma pessoa mais aberta... é realmente muito difícil para mim começar um relacionamento, seja lá de qual espécie ele seja... nunca foi fácil. aliás, lembro de ter lido, ainda naquela época, num destes livros sobre personalidade, que eu era como as crianças: quando não conhecia o ambiente ou as pessoas ao redor, ficava só observando tudo, para, com o passar do tempo, ir me soltando... e fiquei com isso na cabeça desde então...

engraçado como sempre precisei que algo ou alguém me definisse... estranho dizer isso, mas sempre fui assim: preferia que alguém dissesse algo sobre mim, para só depois dizer se concordava ou não... nunca partia de mim algum tipo de conceituação. sempre pensava a respeito do que ouvia, mas também difilmente concordava... só com aquilo que me convinha.

com o passar do tempo fui me dando conta de que não tinha que tentar esconder os meus defeitos - por ser algo simplesmente impossível. aliás, vejo que o feio não é ter defeitos, já que todos os temos, mas sim, não procurar trabalhá-los. passar uma vida inteira reclamando de tudo, sem olhar para o lado e ver que tem gente em bem pior situação, por exemplo. estagnar-se em situações "cômodas", por puro medo de tentar. viver em meio a mentiras para evitar se abrir de verdade...
hoje vejo que preferia chamar de mania de perseguição, aquilo que seria, na verdade, a tentativa de fugir do conceito que as pessoas têm de mim, a partir de um conceito que eu mesma transmito.
explico: se eu sempre fui aquela que disse as verdades, doa a quem doer, num mundo onde a maioria das pessoas não quer mesmo ouvir a verdade; se eu sempre tive um pouco de dificuldade de demonstrar sentimentos, muito em razão da criação que tive (cercada de muito amor, mas com certa limitação em termos de demonstrações afetivas); se eu sei que só consigo dar um elogio quando é sincero (e as pessoas não os têm merecido muito, mas mesmo assim os esperam), como é que imagino que as pessoas vão morrer de amores por mim e me considerar a pessoa mais querida do mundo? definitivamente não sou! gostaria de ser, mas não sou. gostaria de ser aquela que chama de "meu anjo", que dá beijos toda hora, que está sempre pendurada em alguém, no colo, que se abre, que pede socorro.
eu não!
eu sou aquela tida como "fortaleza", como "porto-seguro" dos outros... família, marido, colegas, amigos, etc. sendo assim, quando preciso de ajuda, como não consigo dizer com todas as letras, ninguém percebe, afinal, a maria não precisaria de ajuda... não... ela é forte "como uma rocha". uma vez ouvi essa expressão do meu namorado - hoje marido. quase caí dura! mais um dos conceitos sobre os quais falava acima: no fundo eu sabia, mas doeu ouvir... ainda mais porque não queria que fosse assim. queria ser mais frágil, talvez... os homens, aliás, preferem as frágeis às super-mulheres... mas logo me revelo, e mostro a mulher forte que sou, independente, que sabe se virar muito bem sozinha, obrigada!
e esses dias me dei conta do motivo pelo qual as pessoas, depois de me conhecerem um pouco melhor, falarem: - nossa! eu achei que tu eras tão chata, meio metida até... cara de "cheia"!
é que num ambiente em que não conheço ninguém, sou muito sisuda. do tipo cara-amarrada mesmo. se ninguém fala comigo, fico sem falar o tempo inteiro, pois não puxo conversa com ninguém...
e é engraçado - mais uma das contradições da minha vida - mas as pessoas sempre puxam conversa comigo... principalmente as pessoas mais velhas, seja no supermercado, na feira, no elevador, na loja... daí tento ser querida... aliás, tenho certeza de que as pessoas pensam: - tinha a maior cara de chata, mas até que é legal quando abre a boca... falo isso, pois fica estampado na cara delas a surpresa...
então passei a frequentar o que chamo de meu "primeiro estágio de evolução" - a aceitação de mim mesma.
nesse primeiro estágio, tenho procurado aceitar a minha personalidade, tentando, por outro lado, adaptá-la às minhas necessidades - se bem que tem sido muito difícil... tentando demonstrar mais os meus sentimentos (bons), tentando não ser tão sisuda, tentando não levar as coisas tão a sério, tentando ser mais aberta, mas, principalmente, mais frágil (no sentido de pedir mais ajuda quando preciso).
quanto às minhas obviedades, elas estão tão presentes aqui, que acho que nem precisava mencioná-las, pois, ao invés de ser aquela pessoa que escreve maravilhosamente bem, eu sou esta pessoa óbvia que fica estampada em cada palavra.
gostaria de ser mais criativa, no fundo, gostaria de ser surpreendente!
mas só consigo ser eu mesma por enquanto: óbvia e contraditória...

domingo, 7 de dezembro de 2008

a razão do nome - sempre ele...

primeiramente, é preciso que fique clara a razão do nome dado a este espaço que pretendo, a partir de agora, chamar de meu... afinal, não teria sentido fazer referências aos meus sentimentos, às minhas angústias, aos meus amores, aos meus prazeres, aos meus anseios e conflitos, sem estar diretamente conectada a algo que é essencialmente "eu", no mais puro sentido da palavra... o meu nome! sim... ele que tantas vezes me constrangeu, ele que tantas vezes me marcou, me destacou, me tirou de situações ruins, e em outras, foi motivo de embaraço, confusão e julgamentos...
alguns muitos tópicos ainda serão feitos em sua homenagem...
quanto aos motivos que me levaram a estar aqui, poderia dizer que são inúmeros, entretanto, gostaria de esclarecer que não sou mais uma destas pessoas que adora e faz de tudo para se expor, revelando aspectos íntimos e extremamente pessoais, evidenciando, na minha humilde opinião, uma profunda e escancarada carência (e não que não tenha meus momentos de muita carência - quem não os têm?). ou isegurança. ou exibicionismo mesmo, sei lá! não me importam os outros agora, estou aqui para falar de mim!
acho que, pela primeira vez em mais de vinte e oito anos, estou me dando o direito de falar, pensar e agir somente em meu benefício. puro egocentrismo, eu sei. mas alguém conhecido diria: - ela pode, nunca foi assim...
nunca é tarde...
e por isso não divulgarei meu verdadeiro nome por enquanto... nada a temer, ou melhor: tudo! afinal, só por ter aceitado este desafio proposto por mim mesma, já estou me arriscando a ser lida por gente que nem mesmo imagino que possa existir... mas isso faz parte do jogo. no pain, no gain!
quem sabe um dia...
de mais a mais, considero-me uma mulher reservada... aberta apenas à família e a uns poucos, mas sinceros e essenciais amigos...
então, por enquanto, seremos somente eu, eu mesma, e a maria... num diálogo constante, e com um desejo enorme de conhecer melhor essa pessoa que vive dentro de mim, e é, ora reprimida, ora estimulada, e quando menos espero, se revela.
enfim, a par disso tudo, escrevo porque sempre gostei, porque sinto falta, e porque não posso confiar inteiramente na minha memória (que tantas peças já me pregou), e o registro escrito, sem dúvida, me possibilitará voltar ao meu passado quantas vezes o desejar e, o que é incrível, poder acompanhar o meu amadurecimento, como quando acho coisas que escrevi há muito tempo e me pergunto: puxa! eu escrevi mesmo isso?
saudade do tempo em que escrevia diários...
mas, aceitando isso ou não, vivo na era da informática, dos mails, blogs, fotologs, orkuts, msns, onde tudo é mais fácil, e ao mesmo tempo, mais fugaz, mais vazio... quem viveu a infância nos anos 80 sabe ao que me refiro... quem teria um diário nos dias de hoje? coisa mais careta...
saudade daqueles tempos mais caretas...